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Region: Portugal de Esquerda

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Praia Do Gato wrote:É este o respeito que tenho...

Putos na internet...

Praia Do Gato

Vila Morena wrote:Não sou o maior fã do Centeno mas deve-me ter escapado a parte em que o Gaspar repôs rendimentos e existiu algum investimento (ainda que insuficiente, admito) na saúde. Mas sim, é tudo igual...

Pode não ser igual, mas se fosse um governo do PSD com este orçamento de certeza que estavas muitíssimo desiludido.

Paraiso Comunista

Lisbon Dolls wrote:Pode não ser igual, mas se fosse um governo do PSD com este orçamento de certeza que estavas muitíssimo desiludido.

É a futebolização da política. Em vez de se defender políticas defendem-se partidos. Não é preciso ter muita imaginação para saber o que o PS diria de um orçamento destes se fosse proposto pelo PSD.

E fiquei muito desiludido pelo PCP não ter chumbado o orçamento.

Ursp, Lisbon Dolls, Paraiso Comunista

Comuna De Oporto wrote:

A premissa é sempre que as pessoas já sabem que o PS é e que as pessoas apenas querem respostas aos seus problemas e não "etiquetas de ideologia". Já contactei com algumas pessoas, mais jovens e outras mais velhas (casa dos 20) que tentaram militar no PS e maior parte diz que não faz ideia do que o PS é, que é tudo muito vazio, e que ficam "perdidos" lá.

Os partidos do centrão tendem a não ter uma identidade definida, porque são partidos de poder e não de ideologia. Isso que disseste do PS encaixa igualmente no PSD.

Patagonia Verde, Comuna De Oporto

Povo Unido wrote:Os partidos do centrão tendem a não ter uma identidade definida, porque são partidos de poder e não de ideologia. Isso que disseste do PS encaixa igualmente no PSD.

No caso do PSD acho que ainda é pior, porque tens um programa Social Democrata num partido que não tem nada de Social Democrata e que é (Neo)Liberal e tem medo de se assumir como tal.

Por acaso também já tive oportunidade de perguntar a alguns do PSD e eles parecem querer adaptar a Social Democracia à direita, ou de alguma forma tentar criar uma Social Democracia de Direita, nunca percebi bem o conceito. Muito estranho mesmo.

Patagonia Verde, Paraiso Comunista

https://edition.cnn.com/2020/01/17/americas/brazil-culture-minister-goebbels-intl-scli/index.html

Patagonia Verde wrote:https://edition.cnn.com/2020/01/17/americas/brazil-culture-minister-goebbels-intl-scli/index.html

owning the libs

Terra Sadina wrote:Sim, um está a impor políticas de direita, o outro é o Gaspar.

a ginástica mental que os fãs do ps fazem hoje em dia...

Terra Sadina

Cheguei hoje a São Petersburgo, alguém quer lembranças?

Povo Unido, não me vou esquecer da tua garrafinha ;)

Povo Unido

Praia Do Gato wrote:Cheguei hoje a São Petersburgo, alguém quer lembranças?

Povo Unido, não me vou esquecer da tua garrafinha ;)

De férias?

Algarve Land wrote:De férias?

Era bom... estou a estudar.

Algarve Land

Praia Do Gato wrote:Cheguei hoje a São Petersburgo, alguém quer lembranças?

Povo Unido, não me vou esquecer da tua garrafinha ;)

Aproveita a experiência!

Praia Do Gato

Comuna De Oporto wrote:No caso do PSD acho que ainda é pior, porque tens um programa Social Democrata num partido que não tem nada de Social Democrata e que é (Neo)Liberal e tem medo de se assumir como tal.

Por acaso também já tive oportunidade de perguntar a alguns do PSD e eles parecem querer adaptar a Social Democracia à direita, ou de alguma forma tentar criar uma Social Democracia de Direita, nunca percebi bem o conceito. Muito estranho mesmo.

Double-speak. Sim, são social-democratas e querem no papel estado e serviços públicos, mas tomam decisões liberais que são anti-estado e minam os serviços públicos. Mas as palavras vendem e as pessoas votam nas palavras porque quando as coisas correm mal na prática culpa-se quem der mais jeito, normalmente os malvados esquerdistas que levam tudo à falência.

Comuna De Oporto

Vila Morena wrote:Não sou o maior fã do Centeno mas deve-me ter escapado a parte em que o Gaspar repôs rendimentos e existiu algum investimento (ainda que insuficiente, admito) na saúde. Mas sim, é tudo igual...

É suficientemente parecido para podermos fazer piadas.

Ursp wrote:a ginástica mental que os fãs do ps fazem hoje em dia...

:(

Ursp

Ursp wrote:owning the libs

Andas em muitos fóruns americanos, não?

Thordo

Lisbon Dolls wrote:Pode não ser igual, mas se fosse um governo do PSD com este orçamento de certeza que estavas muitíssimo desiludido.

Citaste um post onde digo que não sou fã do Centeno. Ah e um governo PSD nunca apresentaria um orçamento destes.

Lisbon Dolls

Terra Sadina wrote:É suficientemente parecido para podermos fazer piadas.

OK, força então.

Terra Sadina

Comuna De Oporto wrote:Já agora uma(s) perguntas(s), visto que és militante. Não conheço a fundo certos aspectos do PS internamente, apenas tive alguns contactos e ficou estas dúvidas.

1) Não te incomoda o fato de o PS ter uma ligação tão pobre ou mesmo inexistente ao mundo laboral e sindical? Eu tenho certa dificuldade em conseguir dizer que aquele pessoal é mesmo Socialista ou que representa os interesses de quem sofre, já que aquilo está de tal maneira diluído que é difícil encontrar uma "identidade" e o Partido é sempre muito vago ou não se pronuncia sobre nada e deixa que cada um defina o PS à sua maneira, sem que haja um consenso, ou que tire as suas conclusões, mas nunca se compromete com nada. O Pedro Nuno Santos diz que o PS representa quem recebe mal e as classes médias e não os ricos, outros dizem que representa todos, etc.

2) Confias que o PS traga mudança séria no futuro? Entendo que ideologia e ser governo esbarram sempre com a realidade, mas não entendo porque é que o PS nunca avança com reformas de fundo ou porque hesita sempre e prefere utilizar instrumentos existentes para aliviar a situação em vez de reformar e ser Social Democrata no sentido clássico, apesar de se reclamar de ser "reformista".

3) Como militante, consegues ver um aprofundamento à esquerda dentro do Partido (sem radicalismos)?

4) Também como militante, como vês o facto de alguns militantes do PS terem vergonha de serem chamados de "Camarada" ou acharem que tanto isso como o uso da palavra "Socialismo" ou outros termos como "Sociedade Socialista", etc. é um chavão datado que não precisa de ser utilizado?

A premissa é sempre que as pessoas já sabem que o que o PS é e que as pessoas apenas querem respostas aos seus problemas e não "etiquetas de ideologia". Já contactei com algumas pessoas, mais jovens e outras mais velhas (casa dos 20) que tentaram militar no PS e maior parte diz que não faz ideia do que o PS é, que é tudo muito vazio, e que ficam "perdidos" lá.

5) Que achaste do programa eleitoral do PS para as legislativas de 2019?

1) A UGT tem muitas ligações ao PS. De facto a CGTP tem mais força e sabemos que estão ligados ao PCP, mas daí a dizeres que a ligação é pobre ou inexistente, parece-me muito exagerado. O PS é um partido de centro-esquerda, logo é normal que os socialistas mais à esquerda estejam algo afastados dos socias-democratas ou os mais centristas que aprovam e querem serviços públicos de qualidade. Não é fácil encontrar um balanço, mas acho que tem sido uma experiência de sucesso ao longo das décadas. A crise na direita tem ajudado um bocadinho à deslocação do PS para o centro, mas quando o PSD recuperar, acho que vamos assistir ao inverso.

2) Não sei bem o que queres dizer com mudança séria. O que seria para ti uma mudança séria que fosse compatível com as regras da UE?

3) Já falei no ponto 1, depende muito do que acontecer com o PSD. Quando o PSD se ausenta do centro é normal que as vozes mais centristas do PS ganhem força. Assim que o equilibrio normal se restabelecer, prevejo uma onda mais à esquerda no partido, até porque há uma corrente forte que tem assistido aos sucessos do BE e quer ocupar parte desse eleitorado.

4) Eu trato e sou tratado por camarada e nunca vi ninguém ofendido. Nos congressos e comícios tudo se trata por camarada. Quem se incomoda com isso é uma minoria insignificante.

O PS tem de facto um "espaço operacional" muito abrangente, mas no fundo todos se batem pelos serviços públicos, julgo que esse é o ponto em comum entre todos. Como difere dos partidos à esquerda? Reconhece que estamos num mundo capitalista e não temos poder para contraiar isso, logo é ir fazendo a conciliação possível.

5) Achei que foi pouco ambicioso no que toca a aumentos salariais e fiquei desiludido com o investimento insuficiente na saúde. Acho que foi feito assim propositadamente para mais tarde em negociações de aprovação de orçamento se poder ir um bocadinho mais longe e conseguir os apoios necessários. Compreendo o pragmatismo político mas não posso mentir e dizer que é um orçamento que me entusiasme.

Paraiso Comunista

Vila Morena wrote:1) A UGT tem muitas ligações ao PS. De facto a CGTP tem mais força e sabemos que estão ligados ao PCP, mas daí a dizeres que a ligação é pobre ou inexistente, parece-me muito exagerado. O PS é um partido de centro-esquerda, logo é normal que os socialistas mais à esquerda estejam algo afastados dos socias-democratas ou os mais centristas que aprovam e querem serviços públicos de qualidade. Não é fácil encontrar um balanço, mas acho que tem sido uma experiência de sucesso ao longo das décadas. A crise na direita tem ajudado um bocadinho à deslocação do PS para o centro, mas quando o PSD recuperar, acho que vamos assistir ao inverso.

2) Não sei bem o que queres dizer com mudança séria. O que seria para ti uma mudança séria que fosse compatível com as regras da UE?

3) Já falei no ponto 1, depende muito do que acontecer com o PSD. Quando o PSD se ausenta do centro é normal que as vozes mais centristas do PS ganhem força. Assim que o equilibrio normal se restabelecer, prevejo uma onda mais à esquerda no partido, até porque há uma corrente forte que tem assistido aos sucessos do BE e quer ocupar parte desse eleitorado.

4) Eu trato e sou tratado por camarada e nunca vi ninguém ofendido. Nos congressos e comícios tudo se trata por camarada. Quem se incomoda com isso é uma minoria insignificante.

O PS tem de facto um "espaço operacional" muito abrangente, mas no fundo todos se batem pelos serviços públicos, julgo que esse é o ponto em comum entre todos. Como difere dos partidos à esquerda? Reconhece que estamos num mundo capitalista e não temos poder para contraiar isso, logo é ir fazendo a conciliação possível.

5) Achei que foi pouco ambicioso no que toca a aumentos salariais e fiquei desiludido com o investimento insuficiente na saúde. Acho que foi feito assim propositadamente para mais tarde em negociações de aprovação de orçamento se poder ir um bocadinho mais longe e conseguir os apoios necessários. Compreendo o pragmatismo político mas não posso mentir e dizer que é um orçamento que me entusiasme.

Agradeço a resposta honesta e satisfatória. E de novo realço que não conheço como certos aspectos internos funcionam, apenas contactei com algumas poucas pessoas (tem sempre risco de haver generalizações) e assisti a alguns eventos e ficou essas dúvidas.

Portanto, dirias que é seguro dizer que o PS, pode ser considerado uma grande "casa" da esquerda democrática? Isso explicaria porque parece difícil encontrar identidade, porque existem "identidades".

Essa dos camaradas foi também fruto desses poucos contactos que tive, que faz parte dessa "minoria" que referes. Suponho que uns poucos não gostam e até tenham vergonha, enquanto outros (larga maioria) não.

Mudança séria foi de forma genérica, mas para dar um exemplo, nada impede Portugal de implementar um modelo de "moeda social" ou "Local currency" para ajudar desempregados de longa duração e promover o bem-estar social. O céu é o limite no número de reformas e mudanças que se podem implementar. Só espero que o PS esteja disposto a fazer mudanças na altura certa. Pelo menos historicamente fez, não todas, mas algumas.

Se tivesse de perguntar uma última coisa, acho que seria: Os sectores de esquerda no PS, ainda mantém sempre presente o ideal de uma sociedade socialista? Ideologia e poder vão chocar sempre, e limitar, mas a pergunta é no sentido de saber se acreditas que é possível. Pessoalmente, acho que impossível não é, e entendo sociedade socialista como fim da exploração do homem pelo homem, e mesmo que não se chame "sociedade socialista" e tenha outro nome, acho que é possível.

Paraiso Comunista

Lisbon Dolls wrote:Andas em muitos fóruns americanos, não?

nem é preciso, muita extrema direita europeia e até tuga apanhou esses vicios. quem anda pela net já viu "desde que irrite o be tá fixe"

Helport, Lisbon Dolls

Vila Morena wrote: mas no fundo todos se batem pelos serviços públicos, julgo que esse é o ponto em comum entre todos.

tendo em conta a degradação dos serviços publicos nos ultimos anos, essa malta tem que começar afazer voz grossa

ou então isso é o que os militantes de base sonham que o partido é, mas depois não é o que se vê

Vila Morena

Ursp wrote:nem é preciso, muita extrema direita europeia e até tuga apanhou esses vicios. quem anda pela net já viu "desde que irrite o be tá fixe"

Tenho um familiar assim. Ele vota sempre CDS ou PSD, mas se lhe perguntares sobre propostas desses partidos ele raramente sabe dizer alguma coisa. Mas sabe quase todas as propostas do BE e do PCP, para as criticar, atacar e querer sempre o contrário. Às vezes até entra em contradição com as suas ideias pessoais, mas a vontade de ir contra a esquerda é maior. É muito estranho.

Ursp wrote:owning the libs

https://image.cagle.com/231546/750/231546.png

Ursp

Terra Sadina wrote:Outra vez, temos definições diferentes de "silenciados". Para mim isso implica algo propositado com o objectivo específico de impedir alguém de passar uma mensagem. Eu só vi falta de organização e alguma incompetência. Quanto aos atentados à democracia, és sempre muito dramático.

Muitos meses antes das eleições, houve quem alertasse para o desequilíbrio e a injustiça do debates que já estavam marcados: Rui Tavares, Santana Lopes, o Presidente da República, entre outros. Os jornalistas ignoraram e mantiveram um modelo que parece estar a gozar com os pequenos partidos porque nunca houve tantos debates e entrevistas aos partidos parlamentares. É impossível desculpar tudo só com a falta de organização e incompetência. Eles sabiam e não se importaram.

Lisbon Dolls wrote:Concordo em muito do que disseste, mas como alguém disse, acho que foi o Algarve, acho que isso aconteceu por dificuldades de adaptação a algo que mudou muito rapidamente e porque já existem ligações aos partidos actuais que tornam as pessoas conhecidas entre si e isso facilita as coisas. Secalhar entendi-te mal, mas pareceu-me que estavas a dizer que havia algo "maléfico" para tramar esses partidos, e isso sinceramente não vi.

Sim, existem dificuldades de adaptação e não acho que existam conspirações para tramar partidos. No entanto, há factos como o que expus acima e é difícil negar a má vontade de alguns jornalistas em incluir outros partidos. Nas próximas eleições será inaceitável se escolherem fazer debates só com os partidos com grupo parlamentar, excluindo os dos deputados únicos.

Terra Sadina, Thordo

Ursp wrote:bro, lê o link, não era permanente, não inventes e lê o que escrevi: "não vou chorar e dizer que é anti-.democrático." tens que ler com mais atenção o que eu escrevo

Estás enganado, essa era a proposta de alteração do regimento do PS portanto era permanente. Nesta história todos menos o CDS ficaram mal na fotografia porque não aceitaram que os partidos com um deputado tivessem o estatuto de observador na conferência de líderes.

Algarve Land wrote:A legitimidade democrática vem do parlamento, ou não?

Antes do parlamento, a legitimidade democrática tem origem na soberania popular expressa no resultado eleitoral. A conversão deste em mandatos depende da lei eleitoral. Se achas que um partido sem votos tem legitimidade democrática para ter sempre dois deputados no parlamento eu desisto porque já dei todos os argumentos para vos tentar convencer.

Thordo

Povo Unido wrote:OK, se vais jogar a carta do pobrezinho a ser atacado, desculpa mas não dou para o peditório de snowflakes virtuais. Diverte-te a falar com os meus camaradas.

Estás a tentar provocar-me para eu desistir e sair da região. Quando quiseres estou disponível para passarmos a falar cordialmente.

Povo Unido wrote:Basta ver aqui quantas vazes já nos chamaram coreia do norte aqui.

Foi só um indivíduo que fez isso e curiosamente é militante do PCP.

Thordo

Vila Morena wrote:Acho que misturas política interna e internacional. Em Portugal o PC tem tudo para ser aliado de um PS, podiam não ser naturais há 20 ou 30 anos, mas hoje já não me parece que para o comum dos militantes/votantes exista uma grande clivagem ideológica. Há sempre uns teóricos mais hardcore que ainda andam pelo PC lá com as coisas dos verdadeiros socialistas, mas é uma coisa mais académica que pode interessar a malta como nós que se dá ao trabalho de falar de política na net, mas na rua, junto do eleitor médio, ninguém quer saber disso. E é por isso que há muitos eleitores do PS como eu que nem se importam de não ter maioria absoluta, precisamente para não perder esse ímpeto mais de esquerda que vem dos comunistas.

Eu vejo a situação na totalidade e acho que não faz grande sentido separar opiniões em política interna e política internacional. Desde o início que não tive qualquer problema com a geringonça, tal como não vejo para a coligação em Espanha. A questão é que de facto não são aliados naturais.

Penso que estás totalmente enganado relativamente ao PCP. A esmagadora maioria do eleitorado do PCP são verdadeiros socialistas que em geral apreciam o legado da URSS, mesmo que possam fazer-lhe algumas críticas. A maioria dos eleitores do PCP defende nacionalizações alargadas, diaboliza os ricos e o grande capital, acredita que uma sociedade sem classes é o objectivo. Assim, é evidente que existe um fosso enorme entre o eleitorado do PS e do PCP.

Entendo perfeitamente que não gostes que o PS tenha maioria absoluta, eu também não gosto de nenhuma maioria. A questão é que será um erro se a maioria dos socialistas acreditar que precisa do ímpeto esquerdista. Tirando o facto de que na minha opinião esse ímpeto é profundamente negativo, o PS ficaria parecido com o BE e isso seria péssimo para o nosso sistema político.

Lisbon Dolls wrote:Eu não vejo a extrema-esquerda a querer fazer modificações nas estruturas democráticas, como a extrema-direita, é disso que estou a falar. Pega no exemplo português, o partido mais esquerda, que será o PCP, nunca fala como o Chega, os políticos são todos uma merda, a assembleia é tudo a mamar. São formas muito diferentes de olhar para os sistemas democráticos ocidentais.

Tens razão, o PCP não fala como o Chega. Penso que esse radicalismo oratório do Chega está relacionado em parte com o facto do partido ser recente por isso ainda não tem um discurso consistente sobre todos os temas políticos, acabando por exagerar na conversa anti-políticos. Algumas propostas do Chega de alteração do regime têm um cariz um pouco autoritário.

No entanto, estás muito enganada se achas que o PCP não quer fazer alterações no sistema democrático. Este regime não é o preferido do PCP. Pouco se fala na opinião pública sobre aquilo que se pensa, escreve e diz no PCP, todos fingem que é um partido como os outros. Se tiveres paciência para ler este texto até ao fim perceberás aquilo que estou a dizer.

http://www.pcp.pt/papel-historico-da-classe-operaria-questao-do-poder-politico-questao-do-estado

Comuna De Oporto wrote:Como militante, consegues ver um aprofundamento à esquerda dentro do Partido (sem radicalismos)?

O PS é um típico partido social democrata, não precisa de nenhuns aprofundamentos. Se queres votar em partidos mais à esquerda já tens muitos por onde escolher.

Comuna De Oporto wrote:No caso do PSD acho que ainda é pior, porque tens um programa Social Democrata num partido que não tem nada de Social Democrata e que é (Neo)Liberal e tem medo de se assumir como tal. Por acaso também já tive oportunidade de perguntar a alguns do PSD e eles parecem querer adaptar a Social Democracia à direita, ou de alguma forma tentar criar uma Social Democracia de Direita, nunca percebi bem o conceito. Muito estranho mesmo.

Concordo que o PSD tem um problema de identidade mas discordo relativamente ao PS o ter também. Em Portugal existe uma enorme ignorância sobre assuntos políticos. Muita gente acha mesmo que a social democracia é uma ideologia de centro-direita ou de centro, tal como considera que ser de direita é defender um Estado muito reduzido. Figurões como o Alberto João Jardim acham que são de esquerda, não é uma questão de medo em afirmar a verdadeira natureza. O PSD tem imensas correntes logo é um erro reduzir tudo ao liberalismo até porque a tradição do partido não é essa.

Povo Unido wrote:Double-speak. Sim, são social-democratas e querem no papel estado e serviços públicos, mas tomam decisões liberais que são anti-estado e minam os serviços públicos. Mas as palavras vendem e as pessoas votam nas palavras porque quando as coisas correm mal na prática culpa-se quem der mais jeito, normalmente os malvados esquerdistas que levam tudo à falência.

A comparação com o double speak não faz qualquer sentido. O PSD não é social democrata e não engana relativamente às políticas que defende.

Thordo

Paraiso Comunista wrote:

Antes do parlamento, a legitimidade democrática tem origem na soberania popular expressa no resultado eleitoral. A conversão deste em mandatos depende da lei eleitoral. Se achas que um partido sem votos tem legitimidade democrática para ter sempre dois deputados no parlamento eu desisto porque já dei todos os argumentos para vos tentar convencer.

http://www.cne.pt/sites/default/files/dl/2019_pe_especime_boletim_voto.pdf

Continuas com a conversa do partido sem votos. Se achavas mesmo que ias convencer alguém...ok

Paraiso Comunista wrote:

No entanto, estás muito enganada se achas que o PCP não quer fazer alterações no sistema democrático.

Consegues colocar aqui algo que esteja nos programas eleitorais do PCP recentes que proponha alterações para um regime menos democrático?

Paraiso Comunista wrote:Eu vejo a situação na totalidade e acho que não faz grande sentido separar opiniões em política interna e política internacional. Desde o início que não tive qualquer problema com a geringonça, tal como não vejo para a coligação em Espanha. A questão é que de facto não são aliados naturais.

Penso que estás totalmente enganado relativamente ao PCP. A esmagadora maioria do eleitorado do PCP são verdadeiros socialistas que em geral apreciam o legado da URSS, mesmo que possam fazer-lhe algumas críticas. A maioria dos eleitores do PCP defende nacionalizações alargadas, diaboliza os ricos e o grande capital, acredita que uma sociedade sem classes é o objectivo. Assim, é evidente que existe um fosso enorme entre o eleitorado do PS e do PCP.

Entendo perfeitamente que não gostes que o PS tenha maioria absoluta, eu também não gosto de nenhuma maioria. A questão é que será um erro se a maioria dos socialistas acreditar que precisa do ímpeto esquerdista. Tirando o facto de que na minha opinião esse ímpeto é profundamente negativo, o PS ficaria parecido com o BE e isso seria péssimo para o nosso sistema político.

Tens razão, o PCP não fala como o Chega. Penso que esse radicalismo oratório do Chega está relacionado em parte com o facto do partido ser recente por isso ainda não tem um discurso consistente sobre todos os temas políticos, acabando por exagerar na conversa anti-políticos. Algumas propostas do Chega de alteração do regime têm um cariz um pouco autoritário.

No entanto, estás muito enganada se achas que o PCP não quer fazer alterações no sistema democrático. Este regime não é o preferido do PCP. Pouco se fala na opinião pública sobre aquilo que se pensa, escreve e diz no PCP, todos fingem que é um partido como os outros. Se tiveres paciência para ler este texto até ao fim perceberás aquilo que estou a dizer.

http://www.pcp.pt/papel-historico-da-classe-operaria-questao-do-poder-politico-questao-do-estado

Esse texto/vídeo é um "apanhado" histórico da evolução do papel da classe operária e do poder político, não corresponde ao que o PCP quer de momento, convém ler/ouvir até ao fim as coisas. Isso encontras nos programas e outros documentos políticos.

Ao que sei - e quem quiser que me corrija se estiver em erro - o PCP quer uma ampla democratização e separação de todos os sectores da sociedade em relação ao poderio económico, formas de democracia directa, e, como objectivo final caminhar para o socialismo (e depois comunismo) e acabar com a exploração do homem pelo homem mas com os trabalhadores e com a garantida das liberdades democráticas, e tendo em conta também que a construção do socialismo e comunismo em Portugal, vão ter sempre particularidades e especificidades do próprio país.

Não encontras em lado nenhum nenhuma referência de alterações para regimes autoritários. A eles não acho que seja o regime que lhes incomode, mas sim o facto de viver no jugo do grande capital sem poder aprofundar certos aspectos.

A nossa Constituição ainda tem aquela tímida cláusula para a transição para uma sociedade socialista, algo que lhes deve agradar também (e a nós socialistas decerto).

Post self-deleted by Comuna De Oporto.

Vila Morena wrote:1) A UGT tem muitas ligações ao PS. De facto a CGTP tem mais força e sabemos que estão ligados ao PCP, mas daí a dizeres que a ligação é pobre ou inexistente, parece-me muito exagerado. O PS é um partido de centro-esquerda, logo é normal que os socialistas mais à esquerda estejam algo afastados dos socias-democratas ou os mais centristas que aprovam e querem serviços públicos de qualidade. Não é fácil encontrar um balanço, mas acho que tem sido uma experiência de sucesso ao longo das décadas. A crise na direita tem ajudado um bocadinho à deslocação do PS para o centro, mas quando o PSD recuperar, acho que vamos assistir ao inverso.

2) Não sei bem o que queres dizer com mudança séria. O que seria para ti uma mudança séria que fosse compatível com as regras da UE?

3) Já falei no ponto 1, depende muito do que acontecer com o PSD. Quando o PSD se ausenta do centro é normal que as vozes mais centristas do PS ganhem força. Assim que o equilibrio normal se restabelecer, prevejo uma onda mais à esquerda no partido, até porque há uma corrente forte que tem assistido aos sucessos do BE e quer ocupar parte desse eleitorado.

4) Eu trato e sou tratado por camarada e nunca vi ninguém ofendido. Nos congressos e comícios tudo se trata por camarada. Quem se incomoda com isso é uma minoria insignificante.

O PS tem de facto um "espaço operacional" muito abrangente, mas no fundo todos se batem pelos serviços públicos, julgo que esse é o ponto em comum entre todos. Como difere dos partidos à esquerda? Reconhece que estamos num mundo capitalista e não temos poder para contraiar isso, logo é ir fazendo a conciliação possível.

5) Achei que foi pouco ambicioso no que toca a aumentos salariais e fiquei desiludido com o investimento insuficiente na saúde. Acho que foi feito assim propositadamente para mais tarde em negociações de aprovação de orçamento se poder ir um bocadinho mais longe e conseguir os apoios necessários. Compreendo o pragmatismo político mas não posso mentir e dizer que é um orçamento que me entusiasme.

Há também a Corrente Sindical Socialista da CGTP-IN. Confesso que não conhecia, mas fica para acrescentar à UGT.

Vila Morena

Paraiso Comunista wrote:

Sim, existem dificuldades de adaptação e não acho que existam conspirações para tramar partidos. No entanto, há factos como o que expus acima e é difícil negar a má vontade de alguns jornalistas em incluir outros partidos. Nas próximas eleições será inaceitável se escolherem fazer debates só com os partidos com grupo parlamentar, excluindo os dos deputados únicos.

OK tinha ficado com a impressão que estavas a dizer que tinha havido uma decisão editorial devido às políticas desses partidos. Nesse caso concordo com a tua última fase, na próxima eleição não há desculpas, apesar de abrir aqui uma excepção: aceito que os editores de um canal ou jornal se recusem ter alguém como o Ventura, que diz coisas racistas e descriminatórias imensas vezes.

Paraiso Comunista wrote:

Tens razão, o PCP não fala como o Chega. Penso que esse radicalismo oratório do Chega está relacionado em parte com o facto do partido ser recente por isso ainda não tem um discurso consistente sobre todos os temas políticos, acabando por exagerar na conversa anti-políticos. Algumas propostas do Chega de alteração do regime têm um cariz um pouco autoritário.

No entanto, estás muito enganada se achas que o PCP não quer fazer alterações no sistema democrático. Este regime não é o preferido do PCP. Pouco se fala na opinião pública sobre aquilo que se pensa, escreve e diz no PCP, todos fingem que é um partido como os outros. Se tiveres paciência para ler este texto até ao fim perceberás aquilo que estou a dizer.

http://www.pcp.pt/papel-historico-da-classe-operaria-questao-do-poder-politico-questao-do-estado

Aqui discordo de ti, acho que o radicalismo oratório do chega se deve precisamente ao seu radicalismo. Sabemos que há nazis no partido, já se apanharam saudações nazis em eventos do chega com o próprio Ventura presente, e as sucessivas declarações dos seus dirigentes já não deixam margem para dúvidas. Não tem comparação com o PCP.

Não leves a mal, mas não li o texto todo. Parece-me ser uma análise histórica num evento sobre história do marxismo. Claro que há pessoas no PCP que podem pensar nesses termos mais antiquados, mas a maioria não e o partido publicamente não se comporta dessa forma nem as suas propostas eleitorais vão nesse sentido. E é isso que me interessa. Interessa ponto e vírgula, que nem costumo votar neles :)

Vila Morena wrote:Citaste um post onde digo que não sou fã do Centeno. Ah e um governo PSD nunca apresentaria um orçamento destes.

OK, não vale a pena entrarmos em conversa círcular. Acho que pelo facto de seres militante do PS estás a desculpar mais do que devias.

Vila Morena

Comuna De Oporto wrote:

Não encontras em lado nenhum nenhuma referência de alterações para regimes autoritários. A eles não acho que seja o regime que lhes incomode, mas sim o facto de viver no jugo do grande capital sem poder aprofundar certos aspectos.

Até porque vamos lá ser um bocadinho realistas, vamos imaginar que por alguma anomalia cósmica a CDU ganhava as próximas eleições com maioria absoluta. Alguém acredita que iam cancelar eleições? Fechar a assembleia? Fechar meios de comunicação? Acabar com a justiça independente? Claro que não.

Comuna De Oporto

Respondi a uma issue que os meios de comunicação não deviam divulgar o manifesto e as ideias de um terrorista que fez um atentado e matou uma série de pessoas. Resultado:

Reclassification

Lisbon Dolls's Civil Rights fell from Very Good to Good.

Lisbon Dolls's Political Freedoms fell from Good to Average.

Mais dia menos dia estou uma ditadura :(

Povo Unido

Paraiso Comunista wrote:Estás a tentar provocar-me para eu desistir e sair da região. Quando quiseres estou disponível para passarmos a falar cordialmente.

Foi só um indivíduo que fez isso e curiosamente é militante do PCP.

Se eu não te quisesse na região já cá não estavas. Não gosto quando as pessoas se fazem de vítimas.

Paraiso Comunista wrote:

A comparação com o double speak não faz qualquer sentido. O PSD não é social democrata e não engana relativamente às políticas que defende.

O Partido Social Democrata não é social democrata. O double-speak encaixa na perfeição.

https://en.wikipedia.org/wiki/Doublespeak

Beja Oeste, Terra Sadina

Lisbon Dolls wrote:Respondi a uma issue que os meios de comunicação não deviam divulgar o manifesto e as ideias de um terrorista que fez um atentado e matou uma série de pessoas. Resultado:

Reclassification

Lisbon Dolls's Civil Rights fell from Very Good to Good.

Lisbon Dolls's Political Freedoms fell from Good to Average.

Mais dia menos dia estou uma ditadura :(

E logo o pior tipo de ditadura, a do politicamente correcto.

Lisbon Dolls

Povo Unido wrote:O Partido Social Democrata não é social democrata. O double-speak encaixa na perfeição.

https://en.wikipedia.org/wiki/Doublespeak

Nunca li esse livro, vale a pena?

Lisbon Dolls wrote:OK, não vale a pena entrarmos em conversa círcular. Acho que pelo facto de seres militante do PS estás a desculpar mais do que devias.

E vocês criticam demais um orçamento parecido ao anterior porque no anterior faziam parte dele.

Thordo

Paraiso Comunista wrote:Eu vejo a situação na totalidade e acho que não faz grande sentido separar opiniões em política interna e política internacional. Desde o início que não tive qualquer problema com a geringonça, tal como não vejo para a coligação em Espanha. A questão é que de facto não são aliados naturais.

Penso que estás totalmente enganado relativamente ao PCP. A esmagadora maioria do eleitorado do PCP são verdadeiros socialistas que em geral apreciam o legado da URSS, mesmo que possam fazer-lhe algumas críticas. A maioria dos eleitores do PCP defende nacionalizações alargadas, diaboliza os ricos e o grande capital, acredita que uma sociedade sem classes é o objectivo. Assim, é evidente que existe um fosso enorme entre o eleitorado do PS e do PCP.

Entendo perfeitamente que não gostes que o PS tenha maioria absoluta, eu também não gosto de nenhuma maioria. A questão é que será um erro se a maioria dos socialistas acreditar que precisa do ímpeto esquerdista. Tirando o facto de que na minha opinião esse ímpeto é profundamente negativo, o PS ficaria parecido com o BE e isso seria péssimo para o nosso sistema político.

Todos os partidos em países democráticos fazem essa diferença entre política nacional e internacional, caso contrário 90% das coligações europeias não existiam. No dia em que eu vir o PCP abertamente (em programas eleitorais ou discursos) querer um regime igual ao soviético em Portugal, então serei contra alianças temporárias. O que alguns teóricos escrevem ou as origens do partido com discursos de há 40 anos atrás depois de uma revolução, honestamente não influencia as minhas decisões e opiniões presentes.

Existe um espaço entre o PS centrista e o BE, e eu gostava que o PS se movesse para lá.

Ursp wrote:tendo em conta a degradação dos serviços publicos nos ultimos anos, essa malta tem que começar afazer voz grossa

ou então isso é o que os militantes de base sonham que o partido é, mas depois não é o que se vê

Não sei quantas vezes tenho que repetir que não gostei deste orçamento. E muitos socialistas não gostaram, mas reconhecemos que a alternativa é pressionar mais internamente e não fugir para partidos mais radicais.

Thordo, Comuna De Oporto

Comuna De Oporto wrote:Agradeço a resposta honesta e satisfatória. E de novo realço que não conheço como certos aspectos internos funcionam, apenas contactei com algumas poucas pessoas (tem sempre risco de haver generalizações) e assisti a alguns eventos e ficou essas dúvidas.

Portanto, dirias que é seguro dizer que o PS, pode ser considerado uma grande "casa" da esquerda democrática? Isso explicaria porque parece difícil encontrar identidade, porque existem "identidades".

Essa dos camaradas foi também fruto desses poucos contactos que tive, que faz parte dessa "minoria" que referes. Suponho que uns poucos não gostam e até tenham vergonha, enquanto outros (larga maioria) não.

Mudança séria foi de forma genérica, mas para dar um exemplo, nada impede Portugal de implementar um modelo de "moeda social" ou "Local currency" para ajudar desempregados de longa duração e promover o bem-estar social. O céu é o limite no número de reformas e mudanças que se podem implementar. Só espero que o PS esteja disposto a fazer mudanças na altura certa. Pelo menos historicamente fez, não todas, mas algumas.

Acho que essa expressão da grande casa se aplica bem. E eu gosto que seja assim, que sejam currentes internas a fazer o partido virar mais à esquerda ou mais ao centro, do que ter essa massa de eleitoras a mudar constantemente de partido conforme as circunstâncias do momento.

Existem muitas coisas que podem ser feitas, mas o PS sofre em muitos casos de uma coisa que se deve exclusivamente ao facto de sermos um país pequeno. É difícil inovar ou experimentar coisas novas quando sabemos que podemos sofrer pressões externas. Mas que podíamos às vezes ser mais arrojados, sem dúvida.

Comuna De Oporto wrote:Se tivesse de perguntar uma última coisa, acho que seria: Os sectores de esquerda no PS, ainda mantém sempre presente o ideal de uma sociedade socialista? Ideologia e poder vão chocar sempre, e limitar, mas a pergunta é no sentido de saber se acreditas que é possível. Pessoalmente, acho que impossível não é, e entendo sociedade socialista como fim da exploração do homem pelo homem, e mesmo que não se chame "sociedade socialista" e tenha outro nome, acho que é possível.

Eu acredito, mas sinceramente acho que a maioria dos militantes são mais pragmáticos e menos idealistas, o que às vezes me entristece um bocadinho.

Comuna De Oporto

Vila Morena wrote:Não sei quantas vezes tenho que repetir que não gostei deste orçamento. E muitos socialistas não gostaram, mas reconhecemos que a alternativa é pressionar mais internamente e não fugir para partidos mais radicais.

repito: façam voz grossa, porque se estão apressionar internamente como dizes, ainda ninguem deu por nada

Helport

Patagonia Verde wrote:https://image.cagle.com/231546/750/231546.png

lindo

Patagonia Verde

Helport wrote:Tenho um familiar assim. Ele vota sempre CDS ou PSD, mas se lhe perguntares sobre propostas desses partidos ele raramente sabe dizer alguma coisa. Mas sabe quase todas as propostas do BE e do PCP, para as criticar, atacar e querer sempre o contrário. Às vezes até entra em contradição com as suas ideias pessoais, mas a vontade de ir contra a esquerda é maior. É muito estranho.

hate politics

Já sei que não gostam de mim. Já sei que critiquei muito esta região no passado. Mas agora, só quero um sitio sossegado onde debater com pessoas de esquerda. Se não me quiserem aqui, opa banam-me. Simplsemente estou cansado.

Lisbon Dolls

Post by Pcp suppressed by Lisbon Dolls.

Pcp

Camaradas de esquerda. Temos que apoiar o General Mário "Purtugal" Pereira contra o fascismo e o social-fascismo!

Na região Portugal queriam-no banir só por ter dito a verdade e chamado um fascista de filho da puta. Como é possível ser-se castigado por dizer a verdade?

Não é possível que continuem a deixar escumalha de direita ter liberdade de expressão. Portugal não pode ser um espaço de debate, tem que ser um espaço de apoio à esquerda e ao comunismo. O General Mário é um guerreiro, e o Camarada Bruno um intelectual, por isso não se rebaixam ao nível de "debater" dos direitolas, fascistas e social-fascistas, dai a necessidade de os banirmos a todos. A verdade é a verdade, e só a esquerda e os comunistas são detentores da verdade absoluta!

Camaradas, vamos lutar pelo fim destas perversões burguesas como "liberdade de expressão", e caminhar para a construção do socialismo. Quem está connosco?

Ursp wrote:lindo

Em Portugal tem um fenómeno parecido, que são pessoas de classe baixa que recebem apoios do estado e que dizem mal dos brasileiros ou dos ciganos porque estes recebem apoios do estado. Vá-se entender...

Vila Morena wrote:E vocês criticam demais um orçamento parecido ao anterior porque no anterior faziam parte dele.

O orçamento anterior era sobre corrigir injustiças do tempo do Passos Coelho, este deveria ser o de tentar levar as coisas mais além, com investimentos na saúde e educação que se vissem, com mais medidas para professores, pessoal médico e forças de segurança e fazer algo com os problemas de habitação nas grandes cidades e serviços no interior.

Mas não, foi mais um daqueles orçamentos só a pensar na dívida e em agradar a Bruxelas. Um orçamento que se não tivesse autor na capa ninguém sabia se era do Costa ou do Rio.

Vila Morena

Povo Unido wrote:E logo o pior tipo de ditadura, a do politicamente correcto.

Eheh vou ter que usar essa na vida real.

Povo Unido

Purtugal wrote:Já sei que não gostam de mim. Já sei que critiquei muito esta região no passado. Mas agora, só quero um sitio sossegado onde debater com pessoas de esquerda. Se não me quiserem aqui, opa banam-me. Simplsemente estou cansado.

Tranquilo, bem-vindo!

Mas dramas da região Portugal, com puppets a dizer palermices, aqui vai ser tudo apagado.

Thordo, Purtugal

Lisbon Dolls wrote:O orçamento anterior era sobre corrigir injustiças do tempo do Passos Coelho, este deveria ser o de tentar levar as coisas mais além, com investimentos na saúde e educação que se vissem, com mais medidas para professores, pessoal médico e forças de segurança e fazer algo com os problemas de habitação nas grandes cidades e serviços no interior.

Mas não, foi mais um daqueles orçamentos só a pensar na dívida e em agradar a Bruxelas. Um orçamento que se não tivesse autor na capa ninguém sabia se era do Costa ou do Rio.

Isso não é assim tão linear, muito menos a parte de agradar a Bruxelas. Se estiveres atenta às notícias, vês que Bruxelas tinha outros planos para Portugal (prejudiciais) e o governo teve que bater com o pé no chão.

Quanto ao resto, também não é assim tão linear, nem se trata de má vontade; os investimentos estão a ser feitos na CP e noutras áreas também. Se tens um passe, já foi um investimento que foi feito pelo Estado, por exemplo, e têm sidos faseados os investimentos, conforme as possibilidades. Não se pode achar que só porque há um crescimento de qualquer indicador que o dinheiro tem que ir automaticamente para tudo, há mesmo muitos sectores da sociedade para distribuir dinheiro.

Tem em atenção que qualquer partido vai aproveitar qualquer "migalha" para "vender o seu peixe", e tanto BE como PCP vão pegar em tudo, desde o Novo Banco, até outras coisas e é sempre importante fazer boa pesquisa antes de aceitar isso como verdade absoluta.

Eu não gosto particularmente de ver novas injeções de € no Novo Banco, mas entendo que a intenção é evitar os danos mais gravosos que seria deixar o banco falir, porque numa economia como a portuguesa, ia-se sentir o impacto. Não se trata só do dinheiro que as pessoas depositam, isso é facilmente devolvido, há é toda uma rede e sub rede de relações de dependências (investimentos, empréstimos, etc.), que tem que se ter em consideração.

O BE, por exemplo, peca muito por querer "atropelar" todos os procedimentos e regulamentos e acha que podemos legislar à vontade sem ter em conta a concertação social etc etc., e tem o que se chama a "crítica fácil" e é fácil de vender isso às pessoas.

Tem que haver um bom Reformismo e o caminho faz-se caminhando. Acho que todos queríamos mais.

Lisbon Dolls, Estrela Vermelha

Comuna De Oporto wrote:Isso não é assim tão linear, muito menos a parte de agradar a Bruxelas. Se estiveres atenta às notícias, vês que Bruxelas tinha outros planos para Portugal (prejudiciais) e o governo teve que bater com o pé no chão.

Quanto ao resto, também não é assim tão linear, nem se trata de má vontade; os investimentos estão a ser feitos na CP e noutras áreas também. Se tens um passe, já foi um investimento que foi feito pelo Estado, por exemplo, e têm sidos faseados os investimentos, conforme as possibilidades. Não se pode achar que só porque há um crescimento de qualquer indicador que o dinheiro tem que ir automaticamente para tudo, há mesmo muitos sectores da sociedade para distribuir dinheiro.

Tem em atenção que qualquer partido vai aproveitar qualquer "migalha" para "vender o seu peixe", e tanto BE como PCP vão pegar em tudo, desde o Novo Banco, até outras coisas e é sempre importante fazer boa pesquisa antes de aceitar isso como verdade absoluta.

Eu não gosto particularmente de ver novas injeções de € no Novo Banco, mas entendo que a intenção é evitar os danos mais gravosos que seria deixar o banco falir, porque numa economia como a portuguesa, ia-se sentir o impacto. Não se trata só do dinheiro que as pessoas depositam, isso é facilmente devolvido, há é toda uma rede e sub rede de relações de dependências (investimentos, empréstimos, etc.), que tem que se ter em consideração.

O BE, por exemplo, peca muito por querer "atropelar" todos os procedimentos e regulamentos e acha que podemos legislar à vontade sem ter em conta a concertação social etc etc., e tem o que se chama a "crítica fácil" e é fácil de vender isso às pessoas.

Tem que haver um bom Reformismo e o caminho faz-se caminhando. Acho que todos queríamos mais.

Falaste na CP. Eu sou socio do Clube de Entusiastas do Caminho de Ferro. O ferrovia 2020, tem uma taxa de execução de apenas 15% e continua a deixar de fora cidades como viseu e Vila Real que não são servidas por comboio. A reabertura das oficinas de guifoes, com toda a propaganda que teve, era inevitável. Caso contrário não tinham onde fazer a revisão dos comboios urbanos do Porto. Na ferrovia, como na saúde, na educação, na descentralização, este governo é um fracasso. E só me entristece mais, que o meu partido não esteja a fazer a oposição que é necessária.

Lisbon Dolls wrote:Tranquilo, bem-vindo!

Mas dramas da região Portugal, com puppets a dizer palermices, aqui vai ser tudo apagado.

Opa obrigado. Não tive nada a ver com esse puppets, nem venho para aqui trazer os dramas. Só quero um bocado de paz mesmo.

Lisbon Dolls

Comuna De Oporto wrote:Isso não é assim tão linear, muito menos a parte de agradar a Bruxelas. Se estiveres atenta às notícias, vês que Bruxelas tinha outros planos para Portugal (prejudiciais) e o governo teve que bater com o pé no chão.

Quanto ao resto, também não é assim tão linear, nem se trata de má vontade; os investimentos estão a ser feitos na CP e noutras áreas também. Se tens um passe, já foi um investimento que foi feito pelo Estado, por exemplo, e têm sidos faseados os investimentos, conforme as possibilidades. Não se pode achar que só porque há um crescimento de qualquer indicador que o dinheiro tem que ir automaticamente para tudo, há mesmo muitos sectores da sociedade para distribuir dinheiro.

Tem em atenção que qualquer partido vai aproveitar qualquer "migalha" para "vender o seu peixe", e tanto BE como PCP vão pegar em tudo, desde o Novo Banco, até outras coisas e é sempre importante fazer boa pesquisa antes de aceitar isso como verdade absoluta.

Eu não gosto particularmente de ver novas injeções de € no Novo Banco, mas entendo que a intenção é evitar os danos mais gravosos que seria deixar o banco falir, porque numa economia como a portuguesa, ia-se sentir o impacto. Não se trata só do dinheiro que as pessoas depositam, isso é facilmente devolvido, há é toda uma rede e sub rede de relações de dependências (investimentos, empréstimos, etc.), que tem que se ter em consideração.

O BE, por exemplo, peca muito por querer "atropelar" todos os procedimentos e regulamentos e acha que podemos legislar à vontade sem ter em conta a concertação social etc etc., e tem o que se chama a "crítica fácil" e é fácil de vender isso às pessoas.

Tem que haver um bom Reformismo e o caminho faz-se caminhando. Acho que todos queríamos mais.

O que dizes faz algum sentido, mas é difícil justificar o pagar de dívida antes do tempo, sem ser absolutamente necessário, quando se podia fazer outras coisas, nomeadamente na saúde, e que seriam bem mais urgentes.

Purtugal wrote:Falaste na CP. Eu sou socio do Clube de Entusiastas do Caminho de Ferro. O ferrovia 2020, tem uma taxa de execução de apenas 15% e continua a deixar de fora cidades como viseu e Vila Real que não são servidas por comboio. A reabertura das oficinas de guifoes, com toda a propaganda que teve, era inevitável. Caso contrário não tinham onde fazer a revisão dos comboios urbanos do Porto. Na ferrovia, como na saúde, na educação, na descentralização, este governo é um fracasso. E só me entristece mais, que o meu partido não esteja a fazer a oposição que é necessária.

Acho que é demasiado cedo para dizer que o governo é um "fracasso" nesses campos todos, o mandato ainda não chegou ao fim e tanto quanto sei a descentralização ainda é um processo que ainda não está terminado, está a decorrer. Em 2021 algumas das competências já passam a ser obrigatórias, e vai haver as eleições para a presidência das áreas metropolitanas pelos cidadãos se não estou em erro, também em 2021 e ainda há muito a fazer. Descentralização e Regionalização não é algo que se faça da noite para o dia.

No que diz respeito à CP, isso já é um problema bastante antigo que nenhum governo anterior quis tratar, claro que vai faltar sempre em algumas áreas, mas já começa a iniciar-se um investimento e em 2023 já vêm novas carruagens, bem como novas linhas e é um processo gradual. Agora se disseres que não chega, tens toda a razão, não chega, isso também já foi reconhecido por este governo, mas como disse antes, o dinheiro tem que ser distribuído por todos os sectores da sociedade.

Algarve Land wrote:O que dizes faz algum sentido, mas é difícil justificar o pagar de dívida antes do tempo, sem ser absolutamente necessário, quando se podia fazer outras coisas, nomeadamente na saúde, e que seriam bem mais urgentes.

Mas também não podemos cair na tentação de achar que é má vontade, isso foi no Governo de Passos Coelho que sabemos que queria retirar mais do que era preciso sequer.

Quando tens que distribuir dinheiro por um país inteiro não se torna fácil investir tanto quanto querias, e parece simples quando se diz "ah é só um aumento de x por professor, isso não é nada", mas isso multiplicado por vários já anda na ordem dos milhões de gasto e já não é tão simples assim. Sinceramente, acho que o governo em parte fez bem em aumentar os funcionários públicos que ganhavam menos e não os que já ganham bem. Óbvio que é uma certa injustiça moral as pessoas verem muitos anos de trabalho pelo cano abaixo, mas entre dar dinheiro a quem ganha menos para ficar melhor, do que quem ganha bem, a escolha é clara.

Tirando isso, já se vê muitos concursos novos etc etc., o problema é que estamos num sítio fantástico chamado Portugal que da teoria à prática tem sempre o problema de não conseguir executar direito as coisas e há sempre algum problema.

Eu também não estou satisfeito com muita coisa e vou continuar a não estar, mas compreendo que exigir demais a um partido de poder que tem que tentar responder a tudo e a todos, num país com bastantes problemas como o nosso não é tarefa fácil.

Algarve Land

Comuna De Oporto wrote:Acho que é demasiado cedo para dizer que o governo é um "fracasso" nesses campos todos, o mandato ainda não chegou ao fim e tanto quanto sei a descentralização ainda é um processo que ainda não está terminado, está a decorrer. Em 2021 algumas das competências já passam a ser obrigatórias, e vai haver as eleições para a presidência das áreas metropolitanas pelos cidadãos se não estou em erro, também em 2021 e ainda há muito a fazer. Descentralização e Regionalização não é algo que se faça da noite para o dia.

No que diz respeito à CP, isso já é um problema bastante antigo que nenhum governo anterior quis tratar, claro que vai faltar sempre em algumas áreas, mas já começa a iniciar-se um investimento e em 2023 já vêm novas carruagens, bem como novas linhas e é um processo gradual. Agora se disseres que não chega, tens toda a razão, não chega, isso também já foi reconhecido por este governo, mas como disse antes, o dinheiro tem que ser distribuído por todos os sectores da sociedade.

Porque é que o PS chumbou o projecto do PCP para a regionalização já em 2021?

Claro que não chega. Cidades como Viseu, Bragança, Vila Real, Amarante, Cantanhede ou Lousã, sendo que as duas primeiras são capitais de distrito, e em todas as outras, o comboio foi interrompido "temporaramente" ou seja, mentiram ás populações, continuam sem comboio. Enquanto estas cidades não estiverem servidas, não há CP em condições. Já nem falo da falta de material circulante.

Lisbon Dolls wrote:O orçamento anterior era sobre corrigir injustiças do tempo do Passos Coelho, este deveria ser o de tentar levar as coisas mais além, com investimentos na saúde e educação que se vissem, com mais medidas para professores, pessoal médico e forças de segurança e fazer algo com os problemas de habitação nas grandes cidades e serviços no interior.

Mas não, foi mais um daqueles orçamentos só a pensar na dívida e em agradar a Bruxelas. Um orçamento que se não tivesse autor na capa ninguém sabia se era do Costa ou do Rio.

Foram feitos pequenos avanços em todas essas áreas. Se achas que o Rio e o PSD fariam um igual é porque não os ouves no parlamento.

Lisbon Dolls

Purtugal wrote:Porque é que o PS chumbou o projecto do PCP para a regionalização já em 2021?

Claro que não chega. Cidades como Viseu, Bragança, Vila Real, Amarante, Cantanhede ou Lousã, sendo que as duas primeiras são capitais de distrito, e em todas as outras, o comboio foi interrompido "temporaramente" ou seja, mentiram ás populações, continuam sem comboio. Enquanto estas cidades não estiverem servidas, não há CP em condições. Já nem falo da falta de material circulante.

Acho que a questão dos caminhos-de-ferro tem que partir da necessidade e não da oferta. Essas cidades que falaste têm que desenvolver-se de forma a atrair pessoas, se as pessoas estiverem lá e necessitarem de transporte, os comboios terão que aparecer.

Neste momento não tenho a certeza que a necessidade exista*, o ano passado fui de comboio a Braga e à Guarda e aquilo estava vazio.

*necessidade há sempre, eu sei, mas em quantidade de pessoas suficiente para justificar investimento.

Estrela Vermelha

Vila Morena wrote:Acho que a questão dos caminhos-de-ferro tem que partir da necessidade e não da oferta. Essas cidades que falaste têm que desenvolver-se de forma a atrair pessoas, se as pessoas estiverem lá e necessitarem de transporte, os comboios terão que aparecer.

Neste momento não tenho a certeza que a necessidade exista*, o ano passado fui de comboio a Braga e à Guarda e aquilo estava vazio.

*necessidade há sempre, eu sei, mas em quantidade de pessoas suficiente para justificar investimento.

Não é por ires lá uma vez e aquilo tar vazio que quer dizer que não há gente. Braga é servida por alfas, intercidades e urbanos. É a terceira maior cidade do país. Óbvio que a estação tem gente. A guarda é servida por comboios intrrcidades, regionais e até internacionais.

As cidades que referi não só já tiveram comboio, como são todas servidas por autocarros, há passageiros.

Vila Morena wrote:Acho que a questão dos caminhos-de-ferro tem que partir da necessidade e não da oferta. Essas cidades que falaste têm que desenvolver-se de forma a atrair pessoas, se as pessoas estiverem lá e necessitarem de transporte, os comboios terão que aparecer.

Neste momento não tenho a certeza que a necessidade exista*, o ano passado fui de comboio a Braga e à Guarda e aquilo estava vazio.

*necessidade há sempre, eu sei, mas em quantidade de pessoas suficiente para justificar investimento.

O comboio só aparece se o governo estiver para ai virado...

Bela merda

https://www.publico.pt/2020/03/06/economia/noticia/empresa-portuguesa-quer-explorar-ouro-alto-douro-vinhateiro-1906652

Purtugal wrote:Porque é que o PS chumbou o projecto do PCP para a regionalização já em 2021?

Claro que não chega. Cidades como Viseu, Bragança, Vila Real, Amarante, Cantanhede ou Lousã, sendo que as duas primeiras são capitais de distrito, e em todas as outras, o comboio foi interrompido "temporaramente" ou seja, mentiram ás populações, continuam sem comboio. Enquanto estas cidades não estiverem servidas, não há CP em condições. Já nem falo da falta de material circulante.

Porque é impossível em 2021 finalizar qualquer projecto de regionalização. Quando foi referendado em 1998, ganhou o não, mesmo quando muitos acreditavam que o Sim ia ganhar, que até estava na Constituição, portanto imagina agora fazer passar um Sim e informar devidamente as pessoas sobre isso, quando a Descentralização ainda nem está devidamente estruturada.

E agora com partidos como o Chega, é muito fácil passar desinformação de que a Regionalização é só para tachos quando na realidade até vai beneficiar ainda mais as populações e não vai ser menos transparente do que num Estado Centralizado.

Na Constituição com a revisão de 1997 está que tem que ser referendado, e para ganhar o "Sim" tem que ser algo que se faz com responsabilidade e tempo não a dar um passo maior que a perna.

Estrela Vermelha

Vila Morena wrote:Foram feitos pequenos avanços em todas essas áreas. Se achas que o Rio e o PSD fariam um igual é porque não os ouves no parlamento.

Não acho que tenham sido feitos avanços, apenas remendos. E repito, o facto de pagarmos dívidas antes de tempo quando temos situações urgentes mostra o que pensa o actual governo.

Purtugal

Comuna De Oporto wrote:Isso não é assim tão linear, muito menos a parte de agradar a Bruxelas. Se estiveres atenta às notícias, vês que Bruxelas tinha outros planos para Portugal (prejudiciais) e o governo teve que bater com o pé no chão.

Quanto ao resto, também não é assim tão linear, nem se trata de má vontade; os investimentos estão a ser feitos na CP e noutras áreas também. Se tens um passe, já foi um investimento que foi feito pelo Estado, por exemplo, e têm sidos faseados os investimentos, conforme as possibilidades. Não se pode achar que só porque há um crescimento de qualquer indicador que o dinheiro tem que ir automaticamente para tudo, há mesmo muitos sectores da sociedade para distribuir dinheiro.

Tem em atenção que qualquer partido vai aproveitar qualquer "migalha" para "vender o seu peixe", e tanto BE como PCP vão pegar em tudo, desde o Novo Banco, até outras coisas e é sempre importante fazer boa pesquisa antes de aceitar isso como verdade absoluta.

Eu não gosto particularmente de ver novas injeções de € no Novo Banco, mas entendo que a intenção é evitar os danos mais gravosos que seria deixar o banco falir, porque numa economia como a portuguesa, ia-se sentir o impacto. Não se trata só do dinheiro que as pessoas depositam, isso é facilmente devolvido, há é toda uma rede e sub rede de relações de dependências (investimentos, empréstimos, etc.), que tem que se ter em consideração.

O BE, por exemplo, peca muito por querer "atropelar" todos os procedimentos e regulamentos e acha que podemos legislar à vontade sem ter em conta a concertação social etc etc., e tem o que se chama a "crítica fácil" e é fácil de vender isso às pessoas.

Tem que haver um bom Reformismo e o caminho faz-se caminhando. Acho que todos queríamos mais.

A expressão chave que tu usaste para mim é "conforme as possibilidades". Eu acho que havia possibilidade para mais e que a escolha de pagar dívida foi uma escolha consciente e não uma obrigação. Aliás, o próprio Centeno, ao dizer que pagámos antes do tempo, confirma isso.

E digo-te mais, pode soar a teoria da conspiração, mas até acho que o governo PS está a fazer de propósito para tornar os orçamentos e a governação completamente inaceitáveis para a esquerda, e com isso conseguir novas eleições, onde vão atirar para o ar a ideia que a com a esquerda é impossível e só uma maioria absoluta é possível para governar o país.

E já agora, em que situações é que o BE quer atropelar procedimentos e regulamentos? Em democracia, conforme as ideias de um governo, as coisas alteram-se.

Purtugal

Lisbon Dolls wrote:A expressão chave que tu usaste para mim é "conforme as possibilidades". Eu acho que havia possibilidade para mais e que a escolha de pagar dívida foi uma escolha consciente e não uma obrigação. Aliás, o próprio Centeno, ao dizer que pagámos antes do tempo, confirma isso.

E digo-te mais, pode soar a teoria da conspiração, mas até acho que o governo PS está a fazer de propósito para tornar os orçamentos e a governação completamente inaceitáveis para a esquerda, e com isso conseguir novas eleições, onde vão atirar para o ar a ideia que a com a esquerda é impossível e só uma maioria absoluta é possível para governar o país.

E já agora, em que situações é que o BE quer atropelar procedimentos e regulamentos? Em democracia, conforme as ideias de um governo, as coisas alteram-se.

Acho que eles tinham mais a perder a tentar nesse tipo de cenário que apresentas, até porque acho que nunca conseguiriam uma maioria absoluta.

A posição do governo é de alguma "teimosia" em muitas situações, falta é apurar se essa teimosia será por eles terem os números deles e estarem seguros deles, ou se é por outros motivos. Há algumas coisas que só podemos verificar à medida que os dados vão sendo lançados e não tanto em tempo real, por isso às vezes torna-se difícil dizer com certeza.

Nisso do Centeno sei tanto quanto tu e só posso especular que possa ser ou para ganhar alguma "folga" para depois fazer outras coisas (ou a antecipar novas crises) ou o(s) motivo(s) que apontas-te.

Quanto ao BE, se analizares algumas das propostas, parece que eles não gostam muito da concertação social e por vezes essas mesmas propostas não a têm em consideração, não sei se por esquecimento ou se propositadamente. Vimos isso, por exemplo, nas subidas ou valorização dos salários. Goste-se ou não, a concertação social tem que ser respeitada, assim como os seus procedimentos e regulamentos.

Comuna De Oporto wrote:Acho que eles tinham mais a perder a tentar nesse tipo de cenário que apresentas, até porque acho que nunca conseguiriam uma maioria absoluta.

A posição do governo é de alguma "teimosia" em muitas situações, falta é apurar se essa teimosia será por eles terem os números deles e estarem seguros deles, ou se é por outros motivos. Há algumas coisas que só podemos verificar à medida que os dados vão sendo lançados e não tanto em tempo real, por isso às vezes torna-se difícil dizer com certeza.

Nisso do Centeno sei tanto quanto tu e só posso especular que possa ser ou para ganhar alguma "folga" para depois fazer outras coisas (ou a antecipar novas crises) ou o(s) motivo(s) que apontas-te.

Quanto ao BE, se analizares algumas das propostas, parece que eles não gostam muito da concertação social e por vezes essas mesmas propostas não a têm em consideração, não sei se por esquecimento ou se propositadamente. Vimos isso, por exemplo, nas subidas ou valorização dos salários. Goste-se ou não, a concertação social tem que ser respeitada, assim como os seus procedimentos e regulamentos.

Quem tem que ser respeitado é os trabalhadores, não é a concertação social

Beja Oeste wrote:Nunca li esse livro, vale a pena?

Estás num site onde se fala de política e nunca leste o 1984? Homem, vai a uma biblioteca hoje e lê o livro.

Beja Oeste, Estrela Vermelha

Comuna De Oporto wrote:

Nisso do Centeno sei tanto quanto tu e só posso especular que possa ser ou para ganhar alguma "folga" para depois fazer outras coisas (ou a antecipar novas crises) ou o(s) motivo(s) que apontas-te.

Isto é um mito que o PS tem vendido muito bem. Os economistas, portugueses e estrangeiros, já explicaram que se houver uma nova crise, a tal folga vai-se em 2 ou 3 meses, e que por isso mais valia apostar em coisas que vão ter efeitos positivos durante essa mesma crise, nomeadamente saúde e infraestruturas.

Comuna De Oporto, Purtugal, Estrela Vermelha

Purtugal wrote:Bela merda

https://www.publico.pt/2020/03/06/economia/noticia/empresa-portuguesa-quer-explorar-ouro-alto-douro-vinhateiro-1906652

Conteúdo para assinantes.

Estrela Vermelha

Purtugal wrote:Quem tem que ser respeitado é os trabalhadores, não é a concertação social

Uma coisa não impede a outra e a concertação social não é um fétiche deste ou outro governo, é um órgão com representação de todos os sectores civis e parceiros sociais (incluindo sindicatos também), com mecanismos constitucionais (artigo 92º. por exemplo) que lhe conferem competências e legalidade.

O Socialismo não é quem sabe colocar os trabalhadores no maior pedestal ou está sempre a falar neles constantemente achando que a sociedade é só um sector e o resto é tudo "burguês", é compreender o mundo em que vivemos e procurar a igualdade possível com base no diálogo social e por respeito ao quadro legal.

Estrela Vermelha

Comuna De Oporto wrote:Uma coisa não impede a outra e a concertação social não é um fétiche deste ou outro governo, é um órgão com representação de todos os sectores civis e parceiros sociais (incluindo sindicatos também), com mecanismos constitucionais (artigo 92º. por exemplo) que lhe conferem competências e legalidade.

O Socialismo não é quem sabe colocar os trabalhadores no maior pedestal ou está sempre a falar neles constantemente achando que a sociedade é só um sector e o resto é tudo "burguês", é compreender o mundo em que vivemos e procurar a igualdade possível com base no diálogo social e por respeito ao quadro legal.

A ideia que tenho é que os chamados "socialistas" que entram por esses caminhos são populistas com políticas exclusivistas e identitárias ao mesmo nível que se diz que o Chega tem.

Os países com mais justiça social no mundo são aqueles onde se negoceia mais do que se luta.

Comuna De Oporto

Povo Unido wrote:Isto é um mito que o PS tem vendido muito bem. Os economistas, portugueses e estrangeiros, já explicaram que se houver uma nova crise, a tal folga vai-se em 2 ou 3 meses, e que por isso mais valia apostar em coisas que vão ter efeitos positivos durante essa mesma crise, nomeadamente saúde e infraestruturas.

É verdade, mas também tens que responder perante Bruxelas sobre o défice precisamente por estares endividado. Portanto, não é bem um "mito" porque não se pode escapar facilmente a essa realidade.

A única solução seria sair da UE, mas iria Portugal conseguir sobreviver fora do bloco sem sacrifícios? O povo talvez concordasse, mas teria que lhes ser dita a verdade sobre os sacrificios, sem populismos ou ideias baratas de facilidades.

Comuna De Oporto, Purtugal

Comuna De Oporto wrote:Uma coisa não impede a outra e a concertação social não é um fétiche deste ou outro governo, é um órgão com representação de todos os sectores civis e parceiros sociais (incluindo sindicatos também), com mecanismos constitucionais (artigo 92º. por exemplo) que lhe conferem competências e legalidade.

O Socialismo não é quem sabe colocar os trabalhadores no maior pedestal ou está sempre a falar neles constantemente achando que a sociedade é só um sector e o resto é tudo "burguês", é compreender o mundo em que vivemos e procurar a igualdade possível com base no diálogo social e por respeito ao quadro legal.

Não me venhas dar lições de socialismo, eu sou militante do único partido socialista de Portugal, o PCP. A concertacao social como está feita, não é para beneficiar os trabalhadores, só não vê isso quem não quer.

E pouco me importa a opinião dos patrões, a única coisa que eles querem é ficar cada vez mais ricos, á custa dos operários como eu.

Estrela Vermelha wrote:É verdade, mas também tens que responder perante Bruxelas sobre o défice precisamente por estares endividado. Portanto, não é bem um "mito" porque não se pode escapar facilmente a essa realidade.

A única solução seria sair da UE, mas iria Portugal conseguir sobreviver fora do bloco sem sacrifícios? O povo talvez concordasse, mas teria que lhes ser dita a verdade sobre os sacrificios, sem populismos ou ideias baratas de facilidades.

A União europeia não devia ter passado da CEE. Não sei se Portugal podia voltar para a EFTA ou ter um acordo com a UE. Não é realista pensar na saída, já nem o PCP fala nisso. Mas do euro temos que sair.

Purtugal wrote:Não me venhas dar lições de socialismo, eu sou militante do único partido socialista de Portugal, o PCP.

Eu sou membro do Automóvel Clube de Portugal, isso faz de mim melhor condutor do que aqueles que não são?

Purtugal wrote:A concertacao social como está feita, não é para beneficiar os trabalhadores, só não vê isso quem não quer.

E pouco me importa a opinião dos patrões, a única coisa que eles querem é ficar cada vez mais ricos, á custa dos operários como eu.

Esta visão de combate cerrado e de se tentar excluir outros do processo a qualquer custo não leva a nada. Ou ias por essa via na perspectiva de tomar o poder, o que é irrealista, ou então só vais prejudicar os próprios trabalhadores. Já aconteceu no passado quando muitas fábricas fecharam por falta de vontade de negociar de parte a parte.

Purtugal wrote:A União europeia não devia ter passado da CEE. Não sei se Portugal podia voltar para a EFTA ou ter um acordo com a UE. Não é realista pensar na saída, já nem o PCP fala nisso. Mas do euro temos que sair.

A resposta é "não" e "não". A EFTA não nos iria aceitar de braços abertos porque iria dar problemas com a UE, e a UE não tem qualquer incentivo para negociar um bom acordo com Portugal. O acordo que te dariam seria teres que aceitar todas as exigências da UE, mas agora sem voz na matéria ou financiamentos.

Do Euro poderias sair, mas o poder de compra da população iria ser reduzido, e a austeridade teria que ser ainda mais profunda porque a dívida está emitida em euros.

O que já foi dito neste RMB parece-me ser a verdade: face à enorme dificuldade do momento, tentar ganhar alguma folga orçamental de forma cautelosa parece ser a única via para um governo de esquerda poder governar e planear o futuro. Não significa que concorde com todas as suas opções, mas não deixa de ser a realidade.

Comuna De Oporto

Purtugal wrote:As cidades que referi não só já tiveram comboio, como são todas servidas por autocarros, há passageiros.

O comboio tem custos elevados que os autocarros não têm. A sua vantagem está em economias de escala, tornando-se mais económico conforme o número de passageiros vai aumentado, mas muito mais dispendioso caso eles não apareçam.

Passageiros até vilas pequenas podem ter, mas em quantidades grandes o suficiente para justificar serviços regulares de comboios já é outra questão.

Não é uma perspectiva de economista neo-liberal, até mesmo no socialismo é preciso decidir onde colocar recursos, sob risco de outras áreas e projectos mais necessários ficarem sem investimento.

Vila Morena, Comuna De Oporto

Purtugal wrote:Não me venhas dar lições de socialismo, eu sou militante do único partido socialista de Portugal, o PCP. A concertacao social como está feita, não é para beneficiar os trabalhadores, só não vê isso quem não quer.

E pouco me importa a opinião dos patrões, a única coisa que eles querem é ficar cada vez mais ricos, á custa dos operários como eu.

O Socialismo não caíu todo no PCP. Podes achar que sim e viver com isso, até porque é fácil aceitar que o mundo só funciona de uma certa forma e podemos rotular toda a gente e achar bodes expiatórios ou podes aceitar que a realidade é mais complexa que teorias económicas deterministas e de fórmulas mágicas de Socialismo que resolvem todos os problemas do mundo.

Achar que basta superar o Capitalismo e acabam-se todos os problemas e contradições é um erro, porque a vida é feita de contradições e é preciso gerir essas contradições e não superá-las, porque seja qual for o sistema económico vão sempre existir.

Caminhar para uma Sociedade Socialista, ou sem classes, não é um caminho trilhado de imposições ou dogmas ideológicos, é uma construção contínua com diversas metamorfoses, e até pode não vir sequer a acontecer, isso vai depender das vontades dos povos, não minha, não tua, e as coisas evoluem para onde tiverem que evoluir, umas vezes para a frente, outras para trás.

As pessoas querem soluções aos problemas, não querem saber de quem é mais ou menos socialista, ou quem diz mais vezes "trabalhadores".

Não se caçam moscas com vinagre e ganha-se mais com negociação colectiva do que a hostilizar todo o mundo, e há formas mais produtivas de procurar acabar com a concentração excessiva de capital nas mãos de uns poucos.

Estrela Vermelha

Comuna De Oporto wrote:Porque é impossível em 2021 finalizar qualquer projecto de regionalização. Quando foi referendado em 1998, ganhou o não, mesmo quando muitos acreditavam que o Sim ia ganhar, que até estava na Constituição, portanto imagina agora fazer passar um Sim e informar devidamente as pessoas sobre isso, quando a Descentralização ainda nem está devidamente estruturada.

E agora com partidos como o Chega, é muito fácil passar desinformação de que a Regionalização é só para tachos quando na realidade até vai beneficiar ainda mais as populações e não vai ser menos transparente do que num Estado Centralizado.

Na Constituição com a revisão de 1997 está que tem que ser referendado, e para ganhar o "Sim" tem que ser algo que se faz com responsabilidade e tempo não a dar um passo maior que a perna.

Mas os promotores da regionalização têm alguma razão, os partidos à esquerda não estão a fazer a sua parte para a promover.

O PS, aliás, decidiu fazer a coisa de forma silenciosa, dando prioridade às organizações de coordenação intermunicipais, com mais poderes e financiamento. Não é que seja contra, mas eles estão a criar a regionalização pela porta do cavalo, e eu preferia que fosse um processo que envolvesse mais os portugueses.

E nem falo que todos esses organismos vão continuar a ter lideranças eleitos de forma indirecta, porque sem a regionalização não podem haver parlamentos regionais. É preciso explicar ao povo que os "tachos" vão surgir mais facilmente neste contexto do que com parlamentos regionais devidamente eleitos.

Purtugal wrote:O comboio só aparece se o governo estiver para ai virado...

E o governo só se vira para aí se houver uma necessidade que justifique o investimento. Neste momento não me parece ser o caso.

Estrela Vermelha

Purtugal wrote:Não é por ires lá uma vez e aquilo tar vazio que quer dizer que não há gente. Braga é servida por alfas, intercidades e urbanos. É a terceira maior cidade do país. Óbvio que a estação tem gente. A guarda é servida por comboios intrrcidades, regionais e até internacionais.

As cidades que referi não só já tiveram comboio, como são todas servidas por autocarros, há passageiros.

Tens dados que mostrem essa necessidade?

Estrela Vermelha

Lisbon Dolls wrote:Não acho que tenham sido feitos avanços, apenas remendos. E repito, o facto de pagarmos dívidas antes de tempo quando temos situações urgentes mostra o que pensa o actual governo.

É um governo cauteloso. Se não há dinheiro para mais que remendos...

Estrela Vermelha

Estrela Vermelha wrote:Eu sou membro do Automóvel Clube de Portugal, isso faz de mim melhor condutor do que aqueles que não são?

Não, mas faz de ti melhor conhecedor de como funciona internamente o ACP.

Estrela Vermelha wrote:Eu sou membro do Automóvel Clube de Portugal, isso faz de mim melhor condutor do que aqueles que não são?

Esta visão de combate cerrado e de se tentar excluir outros do processo a qualquer custo não leva a nada. Ou ias por essa via na perspectiva de tomar o poder, o que é irrealista, ou então só vais prejudicar os próprios trabalhadores. Já aconteceu no passado quando muitas fábricas fecharam por falta de vontade de negociar de parte a parte.

A resposta é "não" e "não". A EFTA não nos iria aceitar de braços abertos porque iria dar problemas com a UE, e a UE não tem qualquer incentivo para negociar um bom acordo com Portugal. O acordo que te dariam seria teres que aceitar todas as exigências da UE, mas agora sem voz na matéria ou financiamentos.

Do Euro poderias sair, mas o poder de compra da população iria ser reduzido, e a austeridade teria que ser ainda mais profunda porque a dívida está emitida em euros.

O que já foi dito neste RMB parece-me ser a verdade: face à enorme dificuldade do momento, tentar ganhar alguma folga orçamental de forma cautelosa parece ser a única via para um governo de esquerda poder governar e planear o futuro. Não significa que concorde com todas as suas opções, mas não deixa de ser a realidade.

Vês os patrões com vontade de negociar? Eu só os vejo preocupados em foder ainda mais o código do trabalho.

O único partido que defende uma sociedade socialista em Portugal é o meu.

Isso de folgas orçamentais, não resolve nada. É preciso um governo que nacionalize os principais sectores da economia, e com os lucros dessas empresas, já não faltará dinheiro.

Pcp

Estrela Vermelha wrote:O comboio tem custos elevados que os autocarros não têm. A sua vantagem está em economias de escala, tornando-se mais económico conforme o número de passageiros vai aumentado, mas muito mais dispendioso caso eles não apareçam.

Passageiros até vilas pequenas podem ter, mas em quantidades grandes o suficiente para justificar serviços regulares de comboios já é outra questão.

Não é uma perspectiva de economista neo-liberal, até mesmo no socialismo é preciso decidir onde colocar recursos, sob risco de outras áreas e projectos mais necessários ficarem sem investimento.

O que acabaste de dizer, é de quem não percebe nada de comboios. É mais barata a manutenção de linhas de comboio, do que de autoestradas. E a questão é que eu não falei em linhas de comboio para aldeias. Falei em cidades como Viseu, Vila Real, e Lousã.

Pcp

Estrela Vermelha wrote:Mas os promotores da regionalização têm alguma razão, os partidos à esquerda não estão a fazer a sua parte para a promover.

O PS, aliás, decidiu fazer a coisa de forma silenciosa, dando prioridade às organizações de coordenação intermunicipais, com mais poderes e financiamento. Não é que seja contra, mas eles estão a criar a regionalização pela porta do cavalo, e eu preferia que fosse um processo que envolvesse mais os portugueses.

E nem falo que todos esses organismos vão continuar a ter lideranças eleitos de forma indirecta, porque sem a regionalização não podem haver parlamentos regionais. É preciso explicar ao povo que os "tachos" vão surgir mais facilmente neste contexto do que com parlamentos regionais devidamente eleitos.

volto a dizer

O PCP fez uma proposta que permitia que a regionalização estivesse concluída antes das autárquicas de 2021. Chumbada pelo PS

Purtugal wrote:Não me venhas dar lições de socialismo, eu sou militante do único partido socialista de Portugal, o PCP

Purtugal wrote:O único partido que defende uma sociedade socialista em Portugal é o meu.

Purtugal wrote:O que acabaste de dizer, é de quem não percebe nada de comboios.

Já viste a arrogância com que escreves para com os outros?

Só tu é que sabes, só o teu partido é que defende o socialismo, só tu és bom....

Modera o discurso.

Comuna De Oporto

Purtugal wrote:O que acabaste de dizer, é de quem não percebe nada de comboios. É mais barata a manutenção de linhas de comboio, do que de autoestradas. E a questão é que eu não falei em linhas de comboio para aldeias. Falei em cidades como Viseu, Vila Real, e Lousã.

Repito, economias de escala: https://en.wikipedia.org/wiki/Economies_of_scale

As auto-estradas são dispendiosas, mas também circulam lá outros veículos sem ser autocarros. Os mesmos princípios aplicam-se, obviamente, às auto-estradas onde circulam poucos carros, e que claramente foram um erro com o fim de alguns corruptos e os seus empresários amigos ganharem dinheiro.

Não invalida os factos de que é possível que não exista razões económicas para resumir o serviço de comboios para esses locais. Mas se tens os números que o justifique, eu gostava de os ver.

Comuna De Oporto

Vila Morena wrote:Não, mas faz de ti melhor conhecedor de como funciona internamente o ACP.

Verdade. Mas não me dá direito a dizer que quem não está no ACP não é condutor ;)

Comuna De Oporto

Purtugal wrote:É preciso um governo que nacionalize os principais sectores da economia, e com os lucros dessas empresas, já não faltará dinheiro.

Pois, nada contra muitas empresas como a Galp voltarem a serem do Estado, mas como é que vais pagar tal coisa?

A lei e a constituição proíbem expropriações sem indemnização.

O teu plano é tomar o poder pela força, suspender a constituição e instaurar o regime socialista pela força? Ou é vencer uma maioria de dois terços na AR? Ambas me parecem opções fora do reino do possível.

Se fosse tão simples como assumes que é, os políticos já o teriam feito.

Comuna De Oporto

Estrela Vermelha wrote:Mas os promotores da regionalização têm alguma razão, os partidos à esquerda não estão a fazer a sua parte para a promover.

O PS, aliás, decidiu fazer a coisa de forma silenciosa, dando prioridade às organizações de coordenação intermunicipais, com mais poderes e financiamento. Não é que seja contra, mas eles estão a criar a regionalização pela porta do cavalo, e eu preferia que fosse um processo que envolvesse mais os portugueses.

E nem falo que todos esses organismos vão continuar a ter lideranças eleitos de forma indirecta, porque sem a regionalização não podem haver parlamentos regionais. É preciso explicar ao povo que os "tachos" vão surgir mais facilmente neste contexto do que com parlamentos regionais devidamente eleitos.

Não acho que seja algo que esteja a ser feito em segredo. Acho que tendo em conta a complexidade do assunto, que está a ser lentamente preparado antes de envolver a população. Não surpreenderia muito daqui a uns anos começar a ver sessões de esclarecimento sobre o assunto, mas é algo a ver.

Estrela Vermelha

Purtugal wrote:volto a dizer

O PCP fez uma proposta que permitia que a regionalização estivesse concluída antes das autárquicas de 2021. Chumbada pelo PS

De novo, não é algo que se faça da noite para o dia. O assunto tem que ser referendado e um "Sim" ia ser muito difícil de passar sem uma boa preparação e informação das populações.

Estrela Vermelha

Purtugal wrote:Vês os patrões com vontade de negociar? Eu só os vejo preocupados em foder ainda mais o código do trabalho.

O único partido que defende uma sociedade socialista em Portugal é o meu.

Isso de folgas orçamentais, não resolve nada. É preciso um governo que nacionalize os principais sectores da economia, e com os lucros dessas empresas, já não faltará dinheiro.

Conheço quem seja dono de empresa e seja do PCP e de outros partidos de esquerda... como é que essa lógica de ser contra a concertação social se insere neste contexto então? Vamos pô-los fora do diálogo por serem patrões então? E para responder à tua pergunta, sim, vejo muitos com vontade de negociar, sim.

Quanto a isso das nacionalizações já temos vários exemplos históricos de como funciona. Um Estado pode não ganhar nada com uma nacionalização total de todos os sectores, nem isso pode ser sempre sustentável, muito menos numa economia como a nossa. Agora uma participação maioritária do Estado como detentor dos sectores chave para assegurar qualidade dos serviços? Isso já é uma solução mais realista.

Estrela Vermelha

Post by Pcp suppressed by Praia Do Gato.

Pcp

Porque não conseguem aceitar que o General Mário sabe mais sobre tudo do que vocês?

Malditos social-fascistas que vivem obcecados com currículos e canudos. O General pode não ter nenhumas qualificações "oficiais" (ou seja, burguesas e fascistas), mas tem o mais importante, um diploma da escola do trabalho e da vida!

Se ele diz que deve haver uma estação de comboio em cada esquina, então é um fato, e temos que o aceitar.

Assembled with Dot's Region Saver.
Written by Refuge Isle.